Idiocracy
Quem me conhece sabe que politica é um dos meus temas favoritos, porém abstenho-me tanto quanto possivel de falar desse assunto neste meu cantinho no blogger plantado.
Hoje, vou abrir meia excepção. Vou falar do conceito por trás de um filme de 2006, o Idiocracy porque de vez em quando sou recordado que a vida imita a arte como a arte imita a vida.
Então imaginem o seguinte. Uma familia de classe média, com os estudos e as carreiras ocupam o seu tempo e por vezes demoram 3 a 5 anos para ter o primeiro filho. As prioridades passam por conseguir estabilidade financeira e vá, uma carreira, antes de ter um filho. Mais tarde na relação poderá aparecer um segundo filho, mas é cada vez mais raro. Estamos perante uma falha por detrás da lógica de Fibonacci. A proxima geração pode de facto ser em numero inferior á anterior.
Já uma familia de um estrato sócio-economico baixo, geralmente começa por ter filhos ainda na adolescência e, em paises pseudo-socialistas como os EUA e Inglaterra ou até Portugal são compensados por isso. Dá-se o caso de muitas familias deste estrato terem 6 ou mais filhos ao longo da sua vida.
Dizem-me que em Inglaterra é considerada uma opção de carreira sair da escola e ter filhos, porque o estado dá uma casa, dinheiro e até um carro pelo seu "incómodo". Consequências?
- Vivem á conta das familias que trabalham e descontam;
- Abandonam por completo os estudos, e criam um ambiente familiar propicio para que os seus filhos também não ambicionem seguir com os seus estudos.
- Volto a repetir, têm pelo menos o triplo dos filhos de um casal médio no mesmo país;
- Já vos falei de Fibonacci?
Estatisticamente penso estar mais que comprovada a ligação entre o QI de um individuo e não só os genes como também o ambiente em que este é educado.
Voltando ao filme. A continuar por este ritmo dentro de 5 ou 6 gerações o mundo vai estar dominado por gente sem estudos, sem cultura e possivelmente um qualquer "average joe" que fosse congelado agora poderia facilmente ser a pessoa mais inteligente á face da terra nessa altura. Ridiculo?
Então pensem no seguinte, porque foi assim que eu comecei este post:
- Em tempos Portugal foi um país de aventureiros de verdadeiros "go getters", mas, como diz um amigo meu brasileiro, "todos os bons emigrararm. Ficaram só os que eram demasiado burros ou medrosos para sair".
- Muito antes de sermos a costa oeste da Europa, fomos uma região de Espanha. Mas houve brio e engenho, a identidade nacional veio ao de cima e retomámos a nossa independência.
- Noutros tempos, um punhado de homens cansou-se de um regime ditatorial que lhes sufocava as esperanças de virem a ser algo mais, que os empurrava para uma guerra sem sentido e fez uma recolução. Foi em 25 de Abril de 1974.
- Hoje temos algumas pessoas que se supõe pertencerem a uma especie de elite cultural e cientifica a proclamar um regresso a uma politica fascista ou, pior na minha humilde opinião, a desconsiderar as datas da Implementação da Republica, ou o Dia da Revolução, e o significado que elas têm em quem nós somos enquanto nação.
Meus caros, um povo sem história nem memória é um povo sem futuro.
No comments:
Post a Comment